quinta-feira, 11 de outubro de 2018

American Horror Story: Hotel

Sinopse: O detetive e pai de família John Lowe (Wes Bentley) se muda para o Hotel Cortez a fim de investigar uma série de assassinatos que aconteceram no local. A dona do imóvel é a poderosa Condessa Elizabeth (Lady Gaga), uma mulher que aprecia arte, moda e sangue.

Minha Avaliação: 3★

American Horror Story: Hotel é a quinta temporada da série criada por Ryan Murphy e Brad Falchuk. Tive a impressão que essa temporada foi a que teve os episódios mais longos, 12 episódios de aproximadamente 1 hora cada. Essa é a primeira temporada que traz como novidade Lady Gaga no elenco. Como toda temporada a história parece meio sem pé nem cabeça porém, conforme os episódios geralmente a história vai se encaixando e vai começando a fazer sentido. Só que em Hotel parece que esse momento em que tudo começa a se encaixar e fazer sentido nunca chega.
A história que existia por trás do Hotel Cortez foi contada apenas no final do 2º episódio e eu achei que demorou muito. Até então era apenas mortes atrás de mortes e um mar de sangue. O hotel foi construído por James Patrick March. Ele colocou toda a maldade que havia no seu ser na construção do hotel. Não era apenas o melhor hotel de Los Angeles que estava sendo construído mas também uma câmera de tortura perfeitamente desenhada, um álibi muito bem construído. Canos e quartos secretos para esconder e desovar os cadáveres, corredores sem saída e paredes revestidas para abafar os gritos. As pessoas entravam no hotel e desapareciam. Como dizem "Sem corpo, sem crime". Mas ele contava com a ajuda da fiel cúmplice a lavadeira, Srta. Evers.
Uma coisa que gosto bastante nessa série são as histórias que muitas vezes são inspiradas em histórias reais. Dentro da história de American Horror Story: Hotel tivemos vários assassinos e que foram inspirados em assassinos reais James Patrick March (inspirado em H. H. Holmes), Aileen Wuornos, Richard Ramirez, Jeffery Dahmer, John Wayne Gacy e o Assassino do Zodíaco.

H. H. Holmes


H. H. Holmes foi um dos primeiros assassinos em série dos Estados Unidos famoso por construir o porão da morte. Na construção do hotel ele foi seu próprio arquiteto, supervisionou pessoalmente a construção e trocava constantemente de construtores. Tudo foi feito de forma que somente ele conhecia o projeto completo da construção do hotel. Além dos quartos normais haviam sacadas e janelas falsas. O prédio também estava equipado com alçapões,escadas escondidas, passagens secretas que levavam para o porão e uma escadaria que terminava no beco atrás da casa. Havia ainda quartos sem janela e com maçaricos instalados nas paredes por onde podia intoxicar suas vítimas com gás. Praticamente um labirinto de passagens estreitas e sinuosas, algumas portas abriam para paredes de tijolos. E ainda conseguiu convencer um empresario do ramo de cristais a ajudá-lo a instalar no porão um forno.
Holmes em busca de ter uma fortuna forjava apólices de seguros, vendia cadáveres que roubava do cemitério para vender para as faculdades de medicina além de restauras seus caixões e vendê-los também, e vendia os esqueletos de suas vítimas. Mas o dinheiro nunca era o suficiente e sempre queria mais e mais. Aos poucos o objetivo de conseguir dinheiro deu lugar ao seu prazer de matar misturado ao sadismo que tinha com o sofrimento das vítimas. Alguns hóspedes eram envenenados com gás enquanto dormiam, outros com clorofórmio, alguns ainda eram presos vivos nos quartos sem janelas que eram a prova de som ficavam sem comida e bebida por dias, perdiam a consciência e só então eram mortos. Todos os corpos eram vendidos, levados até as faculdades em caixotes feitos de madeira. A loucura na mente continuava na mesma intensidade sua perversidade crescia. Ele passou então a focar no assassinato de mulheres para além do dinheiro com os corpos conseguir alguma satisfação sexual. Ele já estava acostumado a matar sem sofrer nenhuma consequência passou a matar lenta e dolorosamente qualquer garota que se envolvesse com ele mas recusa-se seu pedido de casamento.
Com tantos desaparecimentos na região foi criado um departamento de polícia somente para investigar esses casos. No mesmo período começou a ser investigado devido às fraudes de seguro cometidas. Assustado com a proximidade da polícia decidiu incendiar um dos andares de seu hotel e fugiu. Mas isso não foi o suficiente um detetive continuava investigar suas fraudes de seguros e a polícia então o prendeu em Boston mas ainda não havia nenhuma suspeita de que ele era um assassino. A verdade só foi descoberta por um erro que ele cometeu. Foram encontradas cartas escritas por duas meninas filhas de uma de suas vítimas. Elas tinham como destinatário a mãe delas mas ao invés de postá-las ele as guardou com ele. O endereço de onde estavam quando as cartas foram escritas a policia encontrou o corpo das duas garotas com sinais de estupro. No mesmo dia então a policia resolveu investigar o hotel, eles nunca haviam visto nada como aquilo. Um completo labirinto onde foram necessários muitos homens para então encontrarem finalmente o porão da morte. Lá a policia ficou estarrecida com o que viu. Havia sangue humano em uma mesa de dissecação além de vários instrumentos cirúrgicos, haviam também instrumentos de tortura, existiam vários frascos de veneno e até mesmo uma caixa de madeira que continham uma série de esqueletos incompletos do sexo feminino. Ainda foram encontrados pedaços de ossos não queimados no forno, um saco com cabelos e diversas partes de corpo em decomposição. Após isso finalmente foi sentenciado a morte.

"Castelo" de H. H. Holmes


Do momento em que foi preso até o momento em que foi enforcado, não mostrou nenhum arrependimento chegando inclusive nesse período a escrever um livro sobre sua própria vida. Minutos antes de morrer como um último pedido pediu que seu corpo não fosse dissecado assim como ele fazia com suas vítimas. Mesmo após sua morte alguns fatos curiosos aconteceram, seu hotel inexplicavelmente explodiu e caiu em ruínas, o exilador cometeu suicídio tomando veneno que dizia ser assombrado por Holmes, o médico legista que havia identificado as vítimas morreu por envenenamento, o juiz que o havia condenado a morte também morreu subitamente sem nenhuma explicação, o superintendente da prisão que Holmes tinha sido preso cometeu suicídio, o padre que rezava com Holmes antes de sua execução foi encontrado morto no quintal atrás de sua igreja, o presidente do juri do julgamento foi encontrado morto em casa eletrocutado. O caso ficou muito conhecido por ele ter feito tantas vítimas antes de sua morte e supostamente mesmo após estar morto. Holmes matou aproximadamente mais de 200 pessoas envolvendo asfixia, tortura, dissecação, necrofilia, queimava ou derretia os corpos em ácido.

Aileen Wuornos


Aileen Wuornos foi uma prostituta e assassina em série dos Estados Unidos que matou ao menos 6 homens. Ela foi condenada a morte e executada através da injeção letal.

Richard Ramirez


Richard Ramirez tinha como exemplo de vida o seu primo Mike, um ex-soldado que batalho na guerra do Vietnã, e que frequentemente lhe mostrava as fotos das mulheres que torturou, estuprou e matou durante a guerra. Mike o incentivou a usar drogas e ensinou a manejar armas e facas de forma letal. Em época de escola Ramirez foi pego com substancias ilícitas e cheirando cola, e para manter o vício começou a cometer pequenos furtos. Em 17 de março de 1985, em Los Angeles, começa a sua história como assassino noturno cujo nome que lhe foi atribuído por seus ataques ocorrerem frequentemente a noite. Ele roubou, torturou, espancou, cometeu abusos sexuais e matou suas vítimas. Ele invadia suas casas e geralmente executava as vítimas com um tiro, em outras vezes utilizou de outras armas e teve até uma vez que deixou uma de suas vítimas viva. Em 20 de setembro de 1989 foi considerado culpado e 2 meses depois foi sentenciado a pena de morte. Antes de ser executado em 7 de junho de 2013 morreu de causas naturais.

Jeffrey Dahmer


Jeffrey Dahmer matou 17 homens envolvendo estupro, necrofilia e canibalismo. Quando criança dissecava animais e os mantinha em um cemitério particular nos fundos de casa e antes dos 15 já era alcoólatra. As vítimas eram drogadas, mortas, violentadas e esquartejadas. Ele guardava os crânios de suas vítimas para a construção do seu altar da morte. Jeffrey foi preso e condenado a 957 anos de prisão. Em novembro de 1994 foi morto.

John Wayne Gacy


John Wayne Gacy foi um assassino em série americano conhecido como O Palhaço Assassino. Apresentou em toda a sua infância e adolescência tendencias homossexuais e tinha um QI acima da média. Era apaixonado por uniformes policia, militar, marinha, entre outros. Formou-se em Administração e tornou-se vendedor de sapatos. Casou-se 2 vezes e teve filhos mas mesmo assim nunca abandonou a sua homossexualidade. Em 1968 foi acusado a agressão sexual a um adolescente e condenado a 10 anos de prisão mas devido ao bom comportamento só cumpriu 1 ano e meio.
No inicio dos anos 70 montou seu próprio negócio, uma empresa de pintura e decoração de ambientes. Em seu tempo livre vestia-se de palhaço e animava festas infantis chegando muitas vezes a não cobrar nada por isso apenas para alegrar as crianças. Um cidadão acima de qualquer suspeita até histórias controversas começarem a surgir. Em sua empresa, oferecia emprego a jovens sem experiência profissional em sua maioria garotos de 17 a 20 anos de idade. Relatos de outros funcionários contam que alguns dos garotos que trabalhavam por alguns dias nunca mais voltaram e nunca mais eram vistos.
Na delegacia começava a surgir queixas de desaparecimento e o de um garoto que trabalhava na farmácia local chamou a atenção. Disse ao patrão que ia numa entrevista de emprego em uma construtora, ele saiu para a entrevista e nunca mais apareceu. John começou a ser investigado pela polícia que encontrou alguns objetos em sua casa suspeitos e um recibo da farmácia. John foi preso por porte de drogas e assassinato, confessou o assassinato de mais de 30 jovens contando todos os detalhes de abusos sexuais e estrangulamentos. Atraia as vítimas se passando por policial ao redor de boates gays, convencia os garotos entrarem em se carro e então usava um pano com clorofórmio para desacordar as vítimas e então as levava para o seu porão onde os amarrava nus, cometia abusos sexuais e depois com uma corda estrangulava-os, matava e os enterrava ali mesmo. Foi julgado e condenado a morte. Antes de sua sentença ser executada tentou alegar insanidade. Em 9 de maio de 1994 John foi morto com 13 injeções letais.

Um retrato falado do assassino do Zodíaco baseado em descrição de testemunhas.


Assassino do Zodíaco jamais foi identificado. O caso tornou-se um dos maiores mistérios da história dos crimes americanos. Sua misteriosa e sangrenta história começou em 30 de outubro de 1966 quando a primeira vítima foi brutalmente assassinada ao sair da biblioteca no meio da noite. O que realmente intrigou as autoridades com relação ao assassino do zodíaco e tornou o caso famoso foram suas cartas durante anos em que agiu o zodíaco enviou 21 cartas para as autoridades, jornais locais, o advogado Melvin Belli, o editor Paul Avery e Joseph B., o pai da primeira vítima.
As cartas eram sempre em tom de zombaria e provocação, iniciava sempre com letra cursiva que variava de estilo e usava símbolos e códigos criptografados e se referiam a astrologia que se referiam a astrologia e aos signos assinando-as com um circulo cruzado que foi o que lhe rendeu o nome do zodíaco. Ele enviou cartas detalhando os assassinatos de suas vítimas Bete, David e Darlene e um criptograma onde dizia estar seu nome. Um professor da cidade de salinas junto com sua esposa afirmou ter decifrado o código mas lá não havia um nome dizia eu gosto de matar pessoas porque é muito divertido. Após isso enviou novas cartas com ainda mais detalhes dos crimes que eram desconhecidos pela população, outras ainda ameaçando explodir um ônibus escolar. O que comprovava a veracidade das cartas é que junto a elas estavam um pedaço de tecido que pertencia a camiseta do taxista assassinado.
Cartas continuaram chegando junto a retalhos de tecido, uma afirmava que já haviam sido sete vítimas, outra explicando em 3 motivos porque ele jamais seria encontrado. Segundo ele seria porque ele comprava armas pelo correio, não deixava digitais e só aparecia com um retrato falado quando matava. Ele chegou até mesmo a enviar um cartão de Natal para o advogado Melvin. 3 anos depois em 30 de janeiro de 1974 o jornal de São Francisco recebeu uma nova carta que dizia Me-37;SFPD-0. Que supostamente significava que ele já tinha feito 37 vítimas e a policia permanecia sem pistas. Diversos filmes, séries e livros surgiram inspirados nesses casos. O assassino do zodíaco matou todas as suas vitimas a sangue frio sem deixar pistas e nunca foi descoberto, Mais de 2.500 suspeitos foram investigados mas nunca identificaram o Assassino do Zodíaco.


Esses assassinos apareceram em 2 episódios mas o assassino que agiu na série foi um outro que ficou conhecido como O Assassino dos 10 Mandamentos. Não sei se inspiraram em algum assassino famoso, dessa informação eu desconheço. O caso do Assassino dos 10 Mandamentos rendeu uma história de suspense a temporada mas fora isso achei que apelou muito ao sexo. Como dizem Sexo, Drogas e Rock n'roll mas faltou só o rock n'roll. Na temporada tivemos drogas, sexo e muito sangue. Além dos assassinos famosos da história, tivemos a participação de uma personagem de Coven (3ª Temporada). Eu vi algumas pessoas reclamando da Lady Gaga na Temporada e até culpando ela por a qualidade da série ter caído nessa Temporada mas, eu discordo não achei que ela foi de todo o mal.
Eu acho que poderiam ter explorado mais a história do hotel e seu criador e dos assassinos que apareceram. E acho que eles eram duas vezes não deixando algumas coisas claras pra gente. Pra mim não ficou muito claro se alguns personagens são vampiros ou não, eles deixaram a entender que alguns personagens eram vampiros. Mas segundo eles a pessoa era contaminada por um vírus e esse termo vírus e contaminado é usado em zumbis. Nas histórias de vampiro que conhecemos a pessoa é transformada em vampiro quando mordida por um vampiro e aqui ela é transformada simplesmente quando bebe o sangue de um vampiro.

Condessa Elizabeth Bathory


A personagem interpretada por Lady Gaga, a condessa Elizabeth, foi inspirada na condessa húngara Elizabeth Bathory que ficou conhecida como a condessa sangrenta. Elizabeth tinha uma reputação sádica, ela não apenas punia quem infringia seus regulamentos como encontrara todas as desculpas para aplicar castigos deleitando-se na tortura e na morte de suas vítimas. Espetava alfinetes em vários pontos sensíveis do corpo das suas vítimas, como, por exemplo, sob as unhas ou nos mamilos. No inverno, executava suas vítimas fazendo-as se despir e andar pela neve, despejando água gelada nelas até morrerem congeladas. Torturava principalmente jovens que não poderiam denunciá-la. Os rumores sobre suas atividades sádicas se espalhavam pelas redondezas e cada vez mais era difícil conseguir jovens como servas sendo assim começou a encobrir os fatos das mortes dizendo que fora suicídio.
Diz a lenda que ela bateu em uma serva por puxar seu cabelo ao pentear-lo, Elizabeth então arranhou com suas longas unhas e os cortes sangraram, ela limpou o sangue em sua mão e notou que a pele abaixo parecia mais jovem e mais firme foi quando teve a ideia de que o banho de sangue de virgem iria ajudá-la a parecer mais jovem. Tempos depois passou a beber o sangue das vítimas para melhorar a ação de rejuvenescimento. Segundo lendas da época, em um calabouço existe uma gaiola pendurada no teto construída com lâminas ao invés de barras, a condessa se sentava em uma cadeira em baixo desta gaiola onde era colocado dentro uma prisioneira que era espetada com uma lança cumprida e se debatia o que fazia com que se cortasse nas lâminas e o sangue dos cortes banhava Elizabeth. A história de Elizabeth Bathory deu origem a vários contos de vampiros. Elizabeth Bathory torturava e matava criadas, camponesas e jovens meninas da nobreza e ainda se banhava e bebia o sangue de suas vítimas.

Mesmo com tantos assassinos famosos, o personagem que me chamou a atenção mesmo foi  Liz Taylor interpretado por Denis O'Hare. Eu fiquei imaginando como numa série onde o objetivo é o horror podem criar um personagem tão leve e com uma história tão bonita.
Gosto bastante de ver Angela Bassett trabalhando na série, ela geralmente interpreta personagens fortes e eu acho que ela dá a força que o personagem necessita. Nessa temporada a qualidade da série caiu mas não culpo os atores e nem mesmo Lady Gaga que não é atriz mas mesmo assim foi colocada no elenco. Essa temporada tinha tudo para ser a melhor temporada mas acho que se empolgaram nas mortes e esqueceram da história.


Fonte: Freak TV

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